O final de noite do Chochas
“Se eu não chegar até às três da tarde ide buscar-me à esquadra da polícia”, disse o Chochas ao sair de casa, no sábado, ao final da tarde.
Uma frase que deixava transparecer o seu receio em ser apanhado pelos pais da Alice, na própria casa deles, e com a filha Alice.
Mas a verdade é que pouco passava da meia-noite quando chegou.
Os pormenores, esses, só os fiquei a conhecer no dia seguinte.
A noite de Chochas e Alice começou, como tudo previa, num bar a petiscar e a beber umas bejecas.
Como a miúda já o tinha prevenido, ele não precisou de pagar nada.
E muito menos soube quem pagou.
Mas isso também pouco interessa.
Quando a Alice sentiu que os pais e a irmã já poderiam não estar em casa (o Chochas desconfia que foi a irmã dela que lhe mandou mensagem) ela lá decidiu que estava na hora de rumar a casa.
O tempo passava e o Chochas não fazia a mínima ideia se os pais da Alice comiam normalmente rápido.
Ou até se gostavam de sobremesa.
Condições que deixavam no ar uma incerteza sobre quando eles poderiam chegar.
Uma incerteza que poderia condicionar a sua “performance”.
Uns copos do melhor whisky do pai da Alice, gaba-se o Chochas, e a coisa aqueceu ainda mais.
Pouco tempo teve ele para contemplar a bela casa onde estava.
Quando ele se apercebeu já os dois estavam no quarto dela e a coisa a acontecer.
E a imagem do pai dela a entrar pela porta não lhe saia da mente.
O Chochas é um jovem que conta todos os pormenores, mas que são difíceis de aqui reproduzir.
Posso apenas revelar que na noite de sábado ele se “atrasou” um pouco e que só com muita ajuda da Alice conseguiu atingir os objectivos.
Estava o trabalho feito e logo ele se apressou a vestir-se e a despedir-se.
Poucos minutos depois e já o coração dele batia mais calmamente.
E os dois estavam felizes.
O Chochas e a Alice, uma jovem de “quase” 18 anos.