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Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

Um Português A Aprender a Viver Em Londres, E Nem Sempre Da Maneira Mais Fácil

Um Português A Aprender a Viver Em Londres, E Nem Sempre Da Maneira Mais Fácil

Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

28
Out08

Porque eu sabia que os bons dias viriam...

Peter WouldDo

Hoje, terça-feira, comecei no novíssimo emprego.

É que a vida é mesmo assim.

Numa altura andamos lixados para arranjar um trabalho, e quando nos aprecebemos temos dois.

Foi o meu caso. Tinha eu trabalhado alguns dias na EUK quando veio a resposta de uma entrevista que tinha feito há duas semanas atrás.

A mesma entrevista em que pediam para evar fato, e eu levei casaca de pele... castanha.

 

Hoje, entrei pela primeira vez nos armazéns Harrods... e para trabalhar.

Devo ser das poucas pessoas no mundo que na primeira vez que entrou naquele lugar fantástico o fez para trabalhar.

Mais uma vez não me livro dos armazéns.

É que também ali vou trabalhar nessa secção.

Mas acho que o chefe foi com a minha cara.

Primeiro, lembrava-se da minha entrevista (e sei que foram algumas) porque disse:

- Oh, You!

Segundo, porque de entre as funções possíveis da secção me deu a melhor.

Enquanto que outro que também começou hoje vai empacotar coisas compradas pela internet para serem enviadas, eu vou buscá-las.

Enquanto ele fica oito horas fechado na cave, eu vou ter a oportunidade de andar a recolher encomendas por todas as secções do Harrods, o que me permitirá conhecer aquele mundo fantástico e um monte de pessoas que lá trabalha.

 

Só no regresso a casa, sentado no Metro, me apercebi de como a minha vida mudou nos últimos meses.

Ainda há cerca de meio ano, estava eu deitado a ver televisão, sozinho num T3 em plena cidade de Mirandela, quando decidi que queria mudar de vida.

Resolvi que queria ir para Londres.

Hoje, estou a escrever este post, depois de um dia de trabalho no Harrods, sozinho apenas num quarto, em plena Londres.

 

O sonho está realizado...

22
Out08

Custou, mas consegui...

Peter WouldDo

Mentiria se não dissesse que já andava desanimado.

Três semanas depois de ter chegado a Londres ainda não tinha trabalho.

Tantas expectativas criadas, tantas facilidades relatadas e até constatadas...

Mas custava arranjar alguma coisa.

Hoje, quarta-feira dia 22, comecei a trabalhar e já fiz as primeiras quatro horas.

O meu lugar no avião da Ryanair do dia 03 com destino ao Porto vai ficar vazio...

E os 33,58 euros que gastei vão ao ar...

Na prática, vou fazer algo parecido ao que fazia em Rugby.

Mas é um trabalho muito mais leve, limpo e calmo...

Por outro lado, só há certeza que dure pelo menos até fim do ano, e vou ganhar o salário mínimo, que são 5,73 libras por hora, antes de descontos. 

 

Como o horário é das 8 às 16, vou procurar um part-time para o final da tarde.

Juntar uns trocos para fazer um curso ou dois.

Mas antes disso já estou a pensar como posso melhorar o meu Cv até Janeiro, para depois me safar de outra maneira.

Projectos, pelo menos, não faltam.

O "Plano B" volta à gaveta.

Pelo menos durante algumas semanas...

 

Para terminar, e terem maior consciência de como as coisas estão díficeis cá, deixo-vos alguns números que recolhi durante os últimos dias da imprensa:

 

  • As vendas imobiliárias estão ao nível mais baixo desde que há registos. Ou seja, há 30 anos.
  • O desemprego atingiu, esta semana, o nível mais alto dos últimos 10 anos no RU.
  • Nos últimos três meses, 164 mil pessoas ficaram sem emprego no RU.
  • Um milhão e 790 mil pessoas estão desempregadas no RU.
  • No próximo ano, as previsões apontam para os 2 milhões e 250 mil desempregados.
  • Em Londres, e nos últimos três meses, o número de desempregados subiu em 39 mil.
  • São actualmente 304 mil os desempregados existentes na capital.

 

25
Jul08

O Engraçado Homem das Baterias

Peter WouldDo

Inicio neste post uma série de decrições de personagens engraçadas lá do trabalho.

E não podia começar senão pelo Homem das Baterias.

 

Os empilhadores que conduzimos funcionam a bateria. Que por vezes é necessário trocar.

E para essa função há um homem encarregue:

É ele o Homem das Baterias.

O facto de estar quase oito horas num local isolado (leia-se solitário) fez do Homem das Baterias uma pessoa com necessidade de contacto com outros trabalhadores.

E desconfio que ele nunca foi bom a desbgloquear conversas.

Então, desenvolveu a técnica de espetar "petas".

Como não sabe meter conversa, começa por contar mentiras.

O mais engraçado é que eu já desenvolvi uma outra técnica que é a de fazer de conta que acredito nessas petas.

RESULTADO: ficamos os dois felizes.

Ele porque fica a pensar que eu acreditei.

Eu porque dei-lhe a sensação de que acreditei, mas no fundo não.

 

A última delas foi a de que tinha apenas 26 anos, quando aparenta mais de 40.

A anterior foi que a de que tinha um pombo amestrado.

O pombo tinha de facto ninho no telhado do local onde o Homem das Baterias trabalha, mas estava sempre a dormir...

 

O bom da estória é que com esta amizade singular já consegui que ele me desse sempre mais uns minutinhos pela troca da bateria.

O mau é que tive de prometer que lhe arranjava uma namorada portuguesa.

Há candidatas??

16
Jul08

Vou falar de trabalho

Peter WouldDo

Trabalho é coisa de que pouca gente gosta de falar.

Mas curiosamente sempre achei que os jornalistas eram o oposto.

Sempre que se emcontravam fora do trabalho falavam de... trabalho.

E agora como condutor de empilhadores acho que a coisa não mudou.

 

Qualquer dia faço um post sobre as semelhanças entre os jornalistas e os condutores de empilhadores.

 

Voltando ao trabalho, o armazem onde laboro (para não repetir a palavra trabalho, que dá uma trabalheira escrever) é da DHL.

Segundo me dizem, o segundo maior empregador do mundo.

Pesquisei na net e parece que o primeiro é a Indian Railways (1,6 milhões de funcionários).

Há dias reparei num sinal engraçado à porta dos cacifos. Dizia quaquer coisa como "Defenda a igualdade das mulheres".

 

Já dentro do armazém a prática não tem nada a ver. As mulheres simplesmente não têm de carregar bebidas.

Não estou a dizer que o deviam fazer, mas tirem o cartaz, please.

 

Outra curiosidade daquele armazem é que tem mais trabalhadores estrangeiros do que ingleses. Diria que 80 por cento são estrangeiros. Acham muito?

Desses estrangeiros dois terços serão polacos.

 

Agora uma pergunta: sabem o que acontece a um armazém inglês com mais de metade de trabalhadores polacos?

 

RESPOSTA: começa a funcionar como se estivesse na Polónia.

E olhem que o resultado não é nada bom.

 

Este foi apenas o primeiro. Em breve volto a este tema.

Beijos e abraços e até amanhã

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