Custou, mas consegui...
Mentiria se não dissesse que já andava desanimado.
Três semanas depois de ter chegado a Londres ainda não tinha trabalho.
Tantas expectativas criadas, tantas facilidades relatadas e até constatadas...
Mas custava arranjar alguma coisa.
Hoje, quarta-feira dia 22, comecei a trabalhar e já fiz as primeiras quatro horas.
O meu lugar no avião da Ryanair do dia 03 com destino ao Porto vai ficar vazio...
E os 33,58 euros que gastei vão ao ar...
Na prática, vou fazer algo parecido ao que fazia em Rugby.
Mas é um trabalho muito mais leve, limpo e calmo...
Por outro lado, só há certeza que dure pelo menos até fim do ano, e vou ganhar o salário mínimo, que são 5,73 libras por hora, antes de descontos.
Como o horário é das 8 às 16, vou procurar um part-time para o final da tarde.
Juntar uns trocos para fazer um curso ou dois.
Mas antes disso já estou a pensar como posso melhorar o meu Cv até Janeiro, para depois me safar de outra maneira.
Projectos, pelo menos, não faltam.
O "Plano B" volta à gaveta.
Pelo menos durante algumas semanas...
Para terminar, e terem maior consciência de como as coisas estão díficeis cá, deixo-vos alguns números que recolhi durante os últimos dias da imprensa:
- As vendas imobiliárias estão ao nível mais baixo desde que há registos. Ou seja, há 30 anos.
- O desemprego atingiu, esta semana, o nível mais alto dos últimos 10 anos no RU.
- Nos últimos três meses, 164 mil pessoas ficaram sem emprego no RU.
- Um milhão e 790 mil pessoas estão desempregadas no RU.
- No próximo ano, as previsões apontam para os 2 milhões e 250 mil desempregados.
- Em Londres, e nos últimos três meses, o número de desempregados subiu em 39 mil.
- São actualmente 304 mil os desempregados existentes na capital.