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Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

Um Português A Aprender a Viver Em Londres, E Nem Sempre Da Maneira Mais Fácil

Um Português A Aprender a Viver Em Londres, E Nem Sempre Da Maneira Mais Fácil

Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

17
Fev09

Pai aos 13, mãe aos 15

Peter WouldDo

A Inglaterra anda em alvoroço porque os media têm noticiado que um miúdo de 13 anos foi pai.

Chame-se a atenção que fez o filho aos 12.

A mãe tem 15.

Mas o melhor mesmo é lerem a notícia:

 

A 13-year-old boy has become a father - and insists he will be a good parent, it was reported today.

Alfie Patten's girlfriend Chantelle Steadman, 15, gave birth to Maisie Roxanne.

The boy, who is just 4ft and looks young for his age, told the newspaper: "I thought it would be good to have a baby," but admitted he did not think about how he would afford it.

"I don't really get pocket money. My dad sometimes gives me £10," he said.

Alfie, who lives with his mother Nicola, 43, in Eastbourne, was 12 when Maisie was conceived.

The pair, who have the support of their parents, kept the pregnancy secret until Chantelle's mother Penny noticed her daughter's swollen belly.

Alfie said: "When my mum found out, I thought I was going to get in trouble.

"We wanted to have the baby but were worried how people would react

"I didn't know what it would be like to be a dad. I will be good, though, and care for it."

Alfie's father Dennis said his son wanted to be a devoted and responsible father, but did not fully appreciate what he had taken on by having a child.

He said Alfie had wanted to be the first to hold his child. "He could have shrugged his shoulders and sat at home on his Playstation. But he has been at the hospital every day," he said.

 

A jornalista terá perguntado ao rapaz como seria financeiramente o seu futuro.

Ao que o rapaz respondeu:

“O que é financeiramente?”

Depois da explicação lá saiu aquele pormenor de receber do pai uma nota de 10 libras, de vez em quando…

 

Mas o mais interessante é que, ontem, surgiram nos jornais mais dois rapazes (14 e 16) a dizerem que eles é que eram os pais da criança.

Um deles chega mesmo a dizer que os pais de Chantelle os deixaram ir sozinhos para o quarto.

O outro diz que a criança tem olhos verdes como os dele.

Em resposta a jovem mãe Chantelle diz que perdeu a virgindade com Alfie (13) e que é dele que gosta.

Os outros dois já pediram testes de ADN.

Quando os pais destas crianças permitem que os media entrem assim na vida dos filhos, nada há dizer.

Apenas que com estórias destas não é preciso grande esforço para fazer rir quem quer que seja.

16
Fev09

Numa rádio, em Londres, é tudo em grande

Peter WouldDo

 

Nos últimos dias tenho ouvido rádio, de manhã, no trabalho.

E como em Portugal, a rádio traz carradas de informações pela matina.

O problema é que em Londres é tudo em grande.

O trânsito demora uma carrada de minutos.

São vias e ruas que nunca mais acabam.

Acidentes aos molhos.

Uma informação tão chata que um condutor que não tenha dormido o que devia acaba por adormecer ao volante.

Algo que vai fazer com que o bloco de trânsito seguinte tenha mais um acidente uma rua com problemas para relatar.

Mas impressionante é mesmo a informação cultural.

Com tantos concertos, peças de teatro, filmes, palestras, exposições e outros acontecimentos, quando o bloco informativo termina já alguns eventos têm lotação esgotada ou mesmo terminaram.

Os passatempos também são de realçar.

Se as rádios de Londres resolvessem fazer perguntas tão fáceis como as que as rádios portuguesas fazem as linhas telefónicas locais congestionavam todas.

Para além de que poderiam encher um teatro ou um estádio só de bilhetes oferecidos.

E discos pedidos???

Nem queiram saber.

Há rumores que um dia uma rádio de Londres, e depois de se ter inspirado na Rádio Clube da Pampilhosa, resolveu colocar discos pedidos por sms.

Recebeu tantas mensagens de telemóvel que durante uma semana só passou discos pedidos.

E dizem as más-línguas que uma boa parte das músicas eram do Tony Carreira e do Toy, esse belo exemplar da canicultura portuguesa.

Consequência da presença de um grande número dos emigrantes portugueses na cidade.

Acho que ainda tenho o número guardado no meu telemóvel desse dia.

Em Londres é tudo em grande.

Juro que às vezes chego a ter pena dos jornalistas das rádios de Londres.

Sobretudo dos jornalistas desportivos.

Acompanhar as equipas de futebol da cidade nos nacionais é informação garantida para quase duas horitas.

Ora temos Chelsea, Arsenal, Tottenham, Fulham, West Ham, Charlton, Queen Park Rangers, Crystal Palace, Leyton, Millwall, Barnet, Brentford e o Dagenham & Redbridge.

Isto só para falar nos nacionais.

Imaginem se eles resolvessem falar das equipas dos distritais.

Passavam as segundas-feiras inteiras só a dar resultados e tabelas classificativas e as sextas-feiras a fazer antevisões.

Não falo na publicidade, porque até eu estaria aqui uma eternidade só a escrever e vocês a ler.

Mas imaginem só que eles resolviam vender segundos de publicidado a todos os cafés Central ou talhos da cidade...

 

13
Fev09

Primeira desavença com o Fidel

Peter WouldDo

Ontem foi dia de limpezas cá por casa.

Pelo menos para mim.

Nunca fui grande seguidor das limpezas sempre no mesmo dia da semana.

E assim, sempre posso fazer semanas com mais de sete dias…

Não sei se me faço entender.

A parte que me cabe é a casa de banho do primeiro andar.

Uma casa de banho dividida em duas.

Numa divisão a sanita, na outra a banheira e o lavatório.

(antes que perguntem, não há suporte para o rolo do papel higiénico, por isso não ando contrariado)

Luvas colocadas, pano e pistola com um líquido próprio e depois balde e esfregona.

Trabalho concluído deparo-me com um problema: a porta da divisão da sanita fecha-se sozinha o que dificulta a secagem.

Tinha de arranjar solução para o problema.

Olho à minha volta e… encontro a solução:

 

Não sei se é perceptível, mas a solução para segurar a porta foi o rato peluche do Fídel, que andava por perto.

Ou melhor, a cabeça do rato.

O problema foi quando o Fidel ia a passar pelo local e viu o melhor amigo de cabeça metida debaixo da porta.

- Que estás aí a fazer Raúl?

- Foi o Peter que me meteu aqui a cabeça a segurar na porta para que entrasse corrente de ar e o chão secasse mais depressa.

- O quê! Aquele gajo deve ter a mania das soluções simples… Nem pensou que te poderia estar a magoar?

- E não está, porque a minha cabeça é mole e feita de tecido.

- Não interessa. Ele tem que ter consideração pelas outras pessoas…

- Mas eu não sou uma pessoa!

- Eu sei que és um rato, mas ele pelo menos deveria ter-me pedido permissão para te colocar a segurar a porta. E podia sempre recorrer a um sapato. Olha, aquele que eu roí há dias.

 

Depois, zangado, Fidel veio falar comigo e antes de começar a miar nas alturas explicou-me a teoria da evolução de Darwin.

Toda a sua conversa era baseada na possibilidade dos descendentes do seu amigo rato Raúl um dia viram a ser humanos como os meus descendeste.

Perante essa possibilidade, Fidel garantiu-me que os descendentes do Raúl iriam dar porrada nos meus descendentes.

Obviamente não gostei da imagem que surgiu na minha cabeça e imediatamente pedi desculpa.

Se há coisas que eu não quero é chatices com gatos e descendentes de ratos.

12
Fev09

Desafio

Peter WouldDo

 

Fui desafiado pela GorgeousMind para escrever seis coisas aleatórias sobre mim.

Aqui ficam:

 

- Sou muito teimoso, o que às vezes é positivo e outras negativo;

- Tenho dificuldade em concentrar-me num só objectivo, e acabo por não atingir a maioria;

- Sou convencido ao ponto de achar que um dia vou ser reconhecido pelo meu trabalho;

- Mudava o meu nariz, se pudesse;

- Gostava de ter mais de três filhos, mas as negociações começam em dois;

- Qualquer dia fujo para o meio de nenhures e sobrevivo do que cultivar lá;

 

 

As regras do desafio são:

1. Escrever as regras do desafio;

2. Linkar a pessoa que me desafiou;

3. Contar seis coisas aleatórias sobre mim;

4. Passar a seis blogs;

5. Ir aos blogs avisar que foram desafiados.

 

11
Fev09

Privação de sono

Peter WouldDo

Ando cheio de sono.

A quase recuperação no fim-de-semana já se esfumou e hoje ainda é quarta-feira.

Planeio todos os dias ir para a cama às 22h, mas acabo a ir perto da meia-noite.

No metro começo a fazer os sudokus, e adormeço sem que tenha colocado o segundo número.

No trabalho começo a esquecer-me das coisas.

Na pausa para café, em que estou a ler um livro, só avanço uma página por dia.

Adormeço sempre na segunda.

Quando acordo passa quase sempre da hora em que devia estar de volta ao posto.

Nos elevadores, e se vou com uma mulher, paro sempre a olhar fixamente para os decotes.

E quase sempre sou apanhado.

O que vale é que elas se apercebem que eu estou, na verdade, a dormir acordado.

Mal elas sabem que o faço a sonhar com os decotes delas.

Nas refeições sinto que a comida custa a passar da garganta para baixo, quase de certeza porque os restantes órgãos por onde a comida passa devem estar a dormir.

Quando tento dormir à tarde, sou interrompido pela música dance do Marco Paulo

É melhor explicar-me…

Marco Paulo é o nome que dou a um colega de casa português que aspira ser DJ.

Tudo devido ao cabelo igualzinho ao Marco em início de carreira.

Aqueles caracóis que já quiseram elevar a Património da Humanidade, mas a UNESCO recusou.

Alegou que custaria muito dinheiro na manutenção, devido ao custo elevado da laca.

O colega de casa soube disso e resolveu, como forma de protesto, fazer um monumento em homenagem ao penteado… na própria cabeça.

Mas como este tema é tão rico, um dia volto a ele.

 

Já nem sei o que fazer (em relação ao sono, e não ao penteado do Marco Paulo)

Como vou ter uma folga em breve, espero voltar à normalidade.

Que passa por:

  • Conseguir ir para a cama às 22h.
  • Acabar um sudoku em cada viagem de metro.
  • Ler cinco ou seis páginas do livro durante a pausa.
  • Olhar para os decotes sem ser apanhado.
  • Deixar de pensar no penteado do Marco Paulo em início de carreira.

 

 

10
Fev09

Solomon & Jeremyas

Peter WouldDo

No início do mês mudei de departamento.

E tenho agora dois novos colegas de trabalho.

Obviamente que os nomes verdadeiros deles não são Solomon & Jeremyas.

Apenas adoptei estes para os proteger da fama que este (e outros) post lhe possa trazer.

Decidi trazê-los até ao blog porque são de facto duas personagens muito peculiares.

Eles passam boa parte dos “tempos mortos” no trabalho a falar de um jogo online que costumam jogar: Call of Duty.

Para quem não conhece, é um daqueles jogos em que controlamos um soldado.

Basicamente, o objectivo é andar por aí a matar gente e a tentar sobreviver.

Eles, pelo que contam, formam uma equipa e tentam derrotar outras, online.

E aqui chegamos à parte interessante: eles nunca ganharam.

Mais longe ainda: é vê-los cheios de interesse a falar das derrotas constantes.

Eu até já os começo a ver como os piores jogadores de Call od Duty… do mundo.

- “Um gajo sozinho matou-me oito vezes, ontem. O máximo de vezes que tinha sido morto por um só jogador tinha sido cinco”.

 

O entusiasmo é tanto que já me levaram a pesquisar mais sobre o tal jogo, e estou muito perto de tentar jogar.

Mas corro o risco de ser ainda pior que eles.

Na realidade eles são tão fracos, tão fracos, que só falam da forma como morrem.

E, claro, tentam arranjar desculpas:

- “A equipa de ontem tinha de ter algum extra instalado. Não falhavam quase nen hum disparo.”

- “Ya, e não valia mesmo a pena um gajo esconder-se, que eles usavam o sniper.”

 

O mais hilariante da última conversa entre eles no trabalho é que pelos visto arranjaram maneira de matar.

Apesar de serem da mesma equipa, jogam um contra o outro.

Ou seja, andam a matar-se.

Não dá pontos, mas dá-lhes prazer de saber o que é vencer alguém.

E se por acaso eles estariam a começar a desanimar por nunca vencerem, esta solução vai recarregar-lhes mais baterias para continuar a jogar por mais umas semanas.

Por isso, se quiserem arriscar e passar pelo jogo, sempre podem ser um dos que os matam.

Isto, claro, se eles não estiverem já mortos…

 

http://www.callofduty.com/

09
Fev09

A relação dos humanos com a natureza

Peter WouldDo

 

Não sei qual a utilidade dos toldos ingleses.

Se os portugueses servem para as pessoas se abrigarem quando chove (e não para tapar o sol como muito pensam) os ingleses nenhuma das duas funções têm.

A primeira porque as pessoas não fogem da chuva.

A segunda porque cá quase nunca faz o sol de que é necessário proteger.

Mas hoje vou falar da primeira.

Acho que o canal National Geographic poderia muito bem fazer uma análise psicossociológica dos ingleses e sua reacção perante as forças da natureza.

Chove e eles nem apressam o passo.

Neva e eles nem a limpam do casaco ou… da cabeça, imaginem.

 

Este senhor entrou no metro e em vez de limpar a neve do casaco ou da cabeça, foi ver o telemóvel.

Segundos depois começou-lhe a correr uma torrente de água pela cara.

O nariz parecia uma fonte de água natural.

Dois minutos depois já eram visíveis peixes no chão da carruagem.

Tudo água com origem na neve da cabeça do senhor.

Desconfio que o senhor é da Greenpeace e não quer ajudar ao descongelamento dos glaciares.

Vai daí e descobriu que o seu contributo poderia começar na própria cabeça.

Já tinha ouvido falar destas pessoas que levam à letra a mania de ajudarem o ambiente.

Denominam-se eco-maníacos.

Sei de um que engarrafava os peidos para depois os introduzir numa garrafa de gás butano.

Ao mesmo tempo que evitava a produção de Co2, poupava uns trocos na conta do gás.

Sobre a senhora que ralava as unhas cortadas para fazer chá não falo, porque já devem conhecer essa estória.

Mas de certeza que não sabiam da existência de alguém capaz de fazer velas com a cera dos ouvidos.

E dizem que são mais duradouras.

Já pensei qual poderia ser o meu contributo, mas o chulé dos meus pés não é suficiente para encher uma bomba de gás lacrimogéneo.

Resta-me continuar a guardar os macacos que tiro do nariz.

Já dizia o poeta:

 

Macacos no nariz?

Guardo todos, um dia vou construir um castelo.

 

05
Fev09

Neve - sorte ou azar?

Peter WouldDo

Não faz sentido, de facto, este blog chamar-se Loucura Londrina e não fazer qualquer alusão ao nevão caído durante domingo e segunda-feira.

Acreditem que foi uma verdadeira loucura londrina.

Que durou, durou, durou, quase toda a semana.

Bem o estilo britânico.

Por isso, aqui ficam três post sobre o assunto.

Para compensar a ausência dos últimos dias.

 

O que no domingo à tarde parecia pólen vindo das árvores, transformou-se à noite num espectáculo de se ver.

“Tão giro”, disse eu, acrescentando logo de seguida: “Estava a ver que não via neve, depois de ter nevado na minha rua em Portugal”.

Na manhã seguinte (segunda) acordo às cinco da manhã.

Uma hora depois abro a porta da rua e a primeira passada acaba cerca de 10 centímetros abaixo do nível da neve.

“Huuuuuuum, assim vou ficar com os pés molhados. Vou buscar um par de meia suplementar”.

Lembrei-me ainda de um conselho que já me tinham dado: colocar um saco plástico em cada pé.

Assim fiz e resultou na plenitude Tinha chegado à estação com os pés enxutos.

Poiucos minutos depois o maior azar do dia.

Chega um metro. (Mais tarde vim a saber que foi um dos poucos da manhã).

Porquê azar, pergutam.

Azar porque trabalhei das sete às 16, como um dia normal.

Mas quem ficou em casa (cerca de dois terços dos funcionários do Harrods) acabou por ser pago da mesma forma que eu.

Para compensar quem trabalhou, ficamos a saber que nos vão dar um dia de folga à escolha.

- “Huuuum, escolho a passada segunda-feira”.

- “Ah, esse dia não pode ser porque já passou!”, dizem-me.

- “Pois é. Xiça, se sabia tinha ficado a dormir. Para a próxima faço como os outros…”

 

E na verdade, não tenho dúvidas que com estas decisões, da próxima vez, uma grande parte do terço das pessoas que foram trabalhar não o fará.

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