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Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

Um Português A Aprender a Viver Em Londres, E Nem Sempre Da Maneira Mais Fácil

Um Português A Aprender a Viver Em Londres, E Nem Sempre Da Maneira Mais Fácil

Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

30
Abr09

Férias baratas para quem quer ficar famoso

Peter WouldDo

 

 

Ando apensar seriamente em ir de férias para o México.

Não há melhor altura do que esta.

Ouvi dizer que os voos com origem no México estão sobrelotados.

Já os voos com destino para o México vão vazios.

Por isso as viagens estão super baratas.

Os hotéis também estão a preços acessíveis.

Parece que o Governo apercebeu-se desta crise turística e começou a oferecer máscaras à chegada dos turistas.

Trata-se de uma nova forma de marketing.

Querem juntar as máscaras ao tradicional chapéu de abas longas.

Os dois em conjunto tornam o utilizador mais parecido com os verdadeiros vilões.

E para quem sonha ser um dia famoso também não há melhor altura.

O destino México está tão em conta que os canais de televisão começaram a abrir os noticiários com entrevistas aos turistas que foram lá passar férias.

A habitual pergunta “Como se sente” está mais em moda que nunca, junto dos jornalistas.

E segundo consegui apurar, se por acaso formos ao hospital poucas horas depois de termos aterrado vindos do México (mesmo que para visitar um familiar ou amigo que lá está internado) os canais de televisão acampam à porta de nossa casa para falar de nós.

Chegam mesmo a entrevistar os nossos vizinhos e a perguntar-lhe: Como se sente?

Tive um amigo que à chegada dos Estados Unidos, e na brincadeira,  resolveu começar a espirrar.

Diz ele que para além de o começarem a comparar com um animal, ainda o levaram para fazer um batalhão de testes.

Tiraram-lhe tanto sangue para analisar que ele teve de comer 39 pacotes de ketchup do McDonalds para voltar a encher o corpo.

 

Felizmente não estou em Portugal.

Em Londres sempre me senti mais seguro.

É uma cidade que tem viagens que possibilitam a fuga para centenas de destinos, entre eles o México e a Califórnia.

Para além de termos milhares de famílias originárias desses dois locais.

E depois há os engraçadinhos que copiam estratégia de marketing mexicana e já andam com as ditas máscaras na rua.

Felizmente não andam com os chapéus.

Não consigo imaginar dez pessoas com aqueles chapéus colocados à hora de ponta no metro.

É que se forem nórdicos, ainda consigo ver a cena.

Agora se são da altura dos próprios mexicanos…

 

27
Abr09

Fim-de-semana empolgante

Peter WouldDo

 

E qual é a terceira coisa melhor do mundo depois do sexo e de uma noite a empanturrar de chocolate?

Uma tarde de domingo com barbecue ao sol quente (raríssimo) da Inglaterra.

E quem é o rei do barbecue cá da casa, quem é?

Certo: EU!

Pronto, já sabem como passei a minha tarde de domingo.

A tarde começou calmíssima, com o visionamento de cinco episódios da série The Twilight Zone a preto e branco (não sei se se lembram) e acabou com um jogo de bola no nosso quintal de 25 metros quadrados.

Pelo tamanho já dá para perceber a confusão que era.

Em jogo estava eu, o J, o Xochas e o Marco Paulo em Início de Carreira (MPIC).

A bola foi parar ao quintal dos vizinhos pelo menos meia dúzia de vezes, mas regressou sempre ao campo de jogo.

O frango, como já tinha dito, ficou óptimo e as salsichas portuguesas ficaram melhor que as salsichas polacas.

Já a tentativa de assar hambúrgueres saiu furada, porque eles colaram na grelha.

Não foi culpa minha, apenas da grelha, claro.

Porque o melhor “barbecuer” cá da casa não ia cometer esse erro.

 

A nível profissional, o teste de sexta na pastelaria correu muito bem, e vou ser contratado.

Como esta semana ainda tenho uns dias de trabalho como jardineiro/trolha noutra casa, começo apenas na quinta-feira.

O que faz com que hoje já não vá à entrevista da marca do M amarelo.

Fica para um futuro mais distante.

Ainda há uma ligeira hipótese de ir para o emprego de Notting Hill, mas apenas muita ligeira.

 

Ficam, por isso, as coisas mais estabilizadas, mas não deve ser por muito.

Porque apesar de este emprego ser permanente, o salário será o mais baixo desde que vim para a Inglaterra.

Só a primeira folha de pagamento servirá para tirar ilações.

Mas sempre é melhor que nada…

 

No sábado voltei a ter outro curso de guionismo.

E cuidado que este moço aqui está a começar a criar furor…

Mais novidades a este respeito em breve.

 

 

PS: Desculpem lá o ego tão grande que tenho neste post, mas faz bem de vez em quando…

24
Abr09

Novo curso e entrevistas de emprego

Peter WouldDo

 

Ontem lá fui eu a mais um dos short courses na área de guionismo.

E como este vai durar 11 semanas (e os outros foram de um dia inteiro) nunca tinha participado numa apresentação.

Aquela parte em que os alunos dizem o nome ao professor.

Só que pelo menos a apresentação de ontem não teve nomes, mas soletrar de nome.

Na maioria dos casos as pessoas nem sequer disseram o nome por completo, mas optaram por soletrá-lo.

E acreditem que era mesmo necessário, porque havia gente de todo o lado do mundo e com nomes parecidos aos dos medicamentos.

Ainda antes dessa parte já a aula estava ao rubro.

Tudo porque mal entrou o professor colocou no ecrã a rodar uma filmagem de um aquário.

Muito parecido às protecções de ecrã dos computadores.

O som era o típico das bolhinhas a sair do aquário.

E assim ficamos por cerca de 15 minutos, enquanto fazíamos a apresentação e iniciávamos a aula.

Poucos minutos depois o professor perguntou-nos se aquilo era um documentário, e a discussão estendeu-se por mais 15 minutos, para espanto meu…

A primeira aula teria muito produtiva para mim, caso eu não tivesse perdido a minha concentração a partir do momento que entrou um dos alunos na sala.

Eu começo a achar que a minha vida necessita de personagens fantásticas.

E no novo curso lá está mais uma para me deliciar.

Ele/a (já dá para perceber…) é de raça negra.

Faz tudo para se assemelhar a uma mulher, mas nota-se perfeitamente pelas feições da cara que é um homem.

Mas todo ele/a parece saído de um filme do Almodôvar.

Foi difícil desviar o olhar dele e retomar a minha concentração no professor, e nos peixes.

 

O dia de ontem foi mesmo desgastante.

De manhã tive uma entrevista pelo telefone, que durou cerca de 20 minutos.

Uma coisa inédita na minha breve carreira profissional.

Foi-me perguntado de tudo naquilo que parecia um teste de formato norte-americano.

Já sei que fiquei de fora, e que por isso não vou vender produtos financeiros a brasileiros e portugueses.

 

À tarde o meu destino voltou a Notting Hill (não sei se se lembram do clube de ténis…).

Desta vez para stock controller de uma cadeia de lojas de roupa.

Para que a festa começasse logo positiva, atrasei-me cinco minutos para a entrevista.

Tirando isso, acho que o director espanhol até vai à bola comigo.

Na segunda-feira sei a resposta.

 

Hoje, e daqui a algumas horas, faço o tal teste na pastelaria.

Na segunda-feira tenho a entrevista na marca do M amarelo.

 

É fácil perceber que estou mesmo disposto a fazer qualquer trabalho.

O que procuro neste momento é mesmo estabilidade.

Apesar de começar a achar engraçado mudar de trabalho mais ou menos a cada três meses…

O meu curriculum começa a não fazer sentido.

Parece-se mais com uma salada mediterrânea do que com o percurso profissional de um ser humano.

 

 

PS: Já não me lembrava de escrever um post de manhã.

 

23
Abr09

Futuro profissional

Peter WouldDo

Não é desculpa, mas tenho andado muito ocupado a responder a anúncios de emprego.

Na próxima semana fico, outra vez, desempregado, e por isso não posso facilitar.

Ja tenho uma carrada de entrevistas para os próximos dias (3) e um teste in-loco amanhã.

Entre as entrevistas está um empresa que nem sequer quero dizer o nome mas que o logotipo é um M amarelo e redondo.

Claro que só resolvi concorrer para lá porque já começo a estar desesperado por encontrar um emprego permanente, que me liberte a cabeça para outros assuntos, que não procurar trabalho.

E se essa estebilidade for encontrada lá, perfeito.

Bem, perfeito nunca será, mas será bonzinho.

Macbonzinho.

Com uma fanta de tamanho médio e sem batatas fritas.

O teste que amanhã vou fazer, por outro lado, é para uma espécie de pastelaria francesa.

Tem uns bolos fabolosos, o que normalmente é a minha perdição.

 

Contas feitas, começo a ter boas hipóteses de nas próximas semanas entrar para as estatísticas do obesos de Inglaterra.

Cenário que até não será muito mau, porque pelo menos significaria que teria estabilidade profissional.

 

Pergunta que faço a mim próprio:

Queres ser gordinho e ter um emprego, ou magrinho e estares desempregado?

 

Resposta quase óbvia:

Óh, gordinho já sou. Isso significa que vou ficar gordo?

 

É nesta altura que entra o criador na conversa e diz:

Dá graças a Deus, que dizer a mim, por teres trabalho, porque na actual situação económico do mundo...

 

E eu, porque sou uma pessoa bem educada,  respondo-lhe:

Obrigado.

21
Abr09

Os meus conterrâneos

Peter WouldDo

 

São já mais de 420 os comentários que tive neste blog.

Mas tenho reparado que já tive alguns comentários de tugas actualmente meus conterrâneos.

Ou seja, que também estão cá em Londres.

Tentando não me esquecer de ninguém, já comentaram a Dora, a Sílvia, a Liz e a LittleBilla.

A Melisand apesar de não estar em Londres, também está fora do país (Barcelona).

 

A todos eles gostava de pedir algo diferente.

Que comentassem este post mas com uma estória engraçada que já tivessem vivido fora de Portugal.

Porque na verdade, é esse o tema deste blog.

Depois irei transferi-las para um post.

Pode ser a reprodução de um post dos blogs que têm.

Ou algo mais pessoal.

Fico à espera.

Thanks

 

 

PS: Se houver por aí mais algum "emigrante", esteja à vontade.

20
Abr09

As cores da minha vida

Peter WouldDo

Na casa particular onde trabalho actualmente há uma empregada interna.

Aquilo a que aqui na Inglaterra se chama uma “live-in au pair”.

E a senhora até é atenciosa.

De vez em quando leva-nos um cafezito.

Não tenho a certeza, mas acho que ela é filipina.

O nome é ainda mais interessante: Nora (apesar de não ter sogra)

A Nora já trabalhou para os reis da Arábia Saudita e para um jogador do Manchester United.

Apesar de ser pouco conhecido, esse jogador, conta que o Ronaldo e o Rooney estavam sempre metidos na casa dele.

Por isso, conheceu-os pessoalmente.

Mas na realidade começo a ficar chateado com a Nora.

Tudo porque sempre que ela nos leva café, calha-me sempre a mim a caneca cor-de-rosa.

Desconheço a razão.

Mesmo se a há, ou se se trata apenas de uma grande, muito grade, coincidência.

Mas começo a estar farto de levar com a caneca cor-de-rosinha.

É que ainda não dá para trocar, porque o meu patrão Maciej toma o café com leite, enquanto que eu prefiro preto.

É um assunto a rever este semana…

 

Mas não é só nas canecas que as cores “vivas” me andam a perseguir.

Quando me mudei cá para casa, tive a sorte da anterior inquilina ter deixado uma bicicleta.

Como a sorte nunca é perfeita, para além da bicicleta ser de senhora, a cor também o é: lilás.

É ver-me a pedalar a grandes velocidades pelas ruas de Ealing (o local onde vivo actualmente) na minha bicicleta de senhora de cor lilás.

Claro que eu tento fazer ar de mauzão, mas sinto que as pessoas olham de uma forma diferente para mim…

A cor da minha bicla é outro assunto a rever, esta semana…

 

Só trouxe este assunto das cores ao blog porque no passado sábado, estava eu no meio da compra de porta cds, quando reparo que só os há cor-de-rosa.

Como a loja é de uma libra e não queria pagar mais pelos referidos porta cds, lá tive de vir para casa com dois cor-de-rosa.

Acho que as cores vivas me andam a perseguir.

Eu que sempre gostei do verde alface e do laranja vivo, agora tenho de aprender a conviver com o cor-de-rosa e o lilás.

Se bem que ainda estou longe de comprar roupa nessas cores…

 

 

PS: Não sei se é perceptível, mas em todo o post esteve em causa a minha orientação sexual.

Sou hetero.

 

16
Abr09

Fui à missa na Páscoa

Peter WouldDo

 

Sinto a necessidade de contar uma coisa da minha vida recente.

No domingo, dia de Páscoa, fui à missa.

Senti essa necessidade, já que sou católico cristão semi-praticante.

Mas na imaginam a dificuldade que é ir à missa em Inglaterra.

Em primeiro lugar é preciso encontrar uma igreja da nossa equipa.

A maior parte das igrejas pertencem à Igreja da Inglaterra (ou Anglicana ou Episcopal) que nasceu devido à recusa por parte de um papa de um pedido de anulação de uma rainha.

Vai daí, pumba, os ingleses criaram uma Igreja concorrente.

Depois é a Igreja Baptista.

Mais uma criada na Inglaterra.

Apesar do nome, estes caracterizam-se por recusarem o baptismo.

Logo depois vem a Igreja Ortodoxa.

Pelo menos estes não têm origem em Inglaterra.

A sua principal característica é a recusa da liderança do papa.

Bem, sendo assim, enquanto este Bento estiver lá se calhar até sou ortodoxo…

 

A verdade é que na zona onde vivo estas igrejas têm bem mais igrejas (edifícios) que a Igreja Católica romana.

E o problema é que não há nada que as distinga.

Para isso é preciso entrar.

- Desculpe, vocês são baptizados? Sim, e vão à bola com o papa? Sim, e o que é que acham da anulação de casamentos? Bem! Ok, obrigado.

Era uma igreja da Igreja de Inglaterra.

Na seguinte foi mais fácil.

Havia fiéis a dizer mal do papa logo à entrada, por isso eram ortodoxos.

No terceiro edifício como não encontrei pia de baptismo apercebi-me que estava numa igreja Baptista.

E só à quarta é que encontrei a igreja que queria, porque havia um coro de rapazes a ensaiar.

(a frase anterior é uma piada mas muito dissimulada e negra)

Devo dizer que gostei muito da missa.

No entanto, como foi a minha primeira vez, foi bastante difícil acompanhar a missa em inglês.

Ou respondia ao padre em português, ou então lá me punha a tentar traduzir à letra.

O que para “Louvado Seja” deu qualquer coisa como “Loved you be”.

É bom lembrar que não havia tempo para procurar palavras mais correctas.

Uma inovação que encontrei cá é que as ajoalhadeiras são almofadadas.

Outra foi de que para além de hóstia também dão vinho para beber.

A parte mais chata de toda a estória é que assim como um jogo de futebol, a missa cá também tem 90 minutos… mas sem intervalo para ir à casa de banho.

 

 

Agora reparo que ultimamente tenho abordado muitas vezes temas religiosos…

Mas não sei porquê…

15
Abr09

Martelo pneumático em vez de dieta

Peter WouldDo

 

Hoje estou de regresso à escrita.

Estava a precisar de umas férias.

Sentia-me vazio, e sem assunto.

Por isso preferi não escrever nada por uns dias, do que escrever sobre nada.

Espero estar de regresso com assunto.

 

Nos últimos dias tenho andado cansado.

Tudo se deve à mudança das funções de carpinteiro para trolha.

E se nos primeiros dias na nova função andei a colocar tijolos, ontem a coisa foi bem mais dura.

Estive a partir betão com um martelo pneumático.

Para quem não está por dentro destes nomes técnicos da construção civil, um martelo pneumático é aquela coisa parecida a um volante de mota, só que com um bico na ponta, em vez de uma roda.

Bem, é melhor verem a foto ao lado.

Acho que ganhei maior respeito pelos coitados que exercem esta profissão a tempo inteiro.

Em dois minutos de utilização já tinha suor a correr-me pela testa.

Todos os ovos de chocolate comidos no dia de Páscoa desfeitos em gotas de suor.

Não vejo melhor desporto para o Malato perder aqueles quilos que tem a mais.

Se é verdade que foi duro, também é que faz bem aos músculos.

E a quase todos, já que todo o corpo treme com o martelo.

No momento, a primeira coisa que me veio à cabeça foi uma publicidade da Ice Tea em que o homem do martelo tem à sua volta miúdas jeitosas a derreterem-se por ele e pelos seus músculos bem delineados.

Eu bem olhei para o lado… mas nada.

Só um polaco… homem… e que ainda por cima é meu patrão.

Depois olhei para os braços e nada de músculos bem delineados…

A desilusão foi tanta que provavelmente nunca mais irei utilizar um martelo pneumático.

 

A parte mais engraçada da experiência foi mesmo o efeito que o martelo cria quando falamos.

Muito parecido a quando falamos em frente a uma ventoinha.

Dizia aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah.

Mas ouvia-se: ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah.

Eu sei que este pormenor é parvo, mas sentia-me na necessidade de o transmitir a alguém.

E como o Fidel anda na rua, não tinha mais ninguém para me aturar.

 

 

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