Férias baratas para quem quer ficar famoso
Ando apensar seriamente em ir de férias para o México.
Não há melhor altura do que esta.
Ouvi dizer que os voos com origem no México estão sobrelotados.
Já os voos com destino para o México vão vazios.
Por isso as viagens estão super baratas.
Os hotéis também estão a preços acessíveis.
Parece que o Governo apercebeu-se desta crise turística e começou a oferecer máscaras à chegada dos turistas.
Trata-se de uma nova forma de marketing.
Querem juntar as máscaras ao tradicional chapéu de abas longas.
Os dois em conjunto tornam o utilizador mais parecido com os verdadeiros vilões.
E para quem sonha ser um dia famoso também não há melhor altura.
O destino México está tão em conta que os canais de televisão começaram a abrir os noticiários com entrevistas aos turistas que foram lá passar férias.
A habitual pergunta “Como se sente” está mais em moda que nunca, junto dos jornalistas.
E segundo consegui apurar, se por acaso formos ao hospital poucas horas depois de termos aterrado vindos do México (mesmo que para visitar um familiar ou amigo que lá está internado) os canais de televisão acampam à porta de nossa casa para falar de nós.
Chegam mesmo a entrevistar os nossos vizinhos e a perguntar-lhe: Como se sente?
Tive um amigo que à chegada dos Estados Unidos, e na brincadeira, resolveu começar a espirrar.
Diz ele que para além de o começarem a comparar com um animal, ainda o levaram para fazer um batalhão de testes.
Tiraram-lhe tanto sangue para analisar que ele teve de comer 39 pacotes de ketchup do McDonalds para voltar a encher o corpo.
Felizmente não estou em Portugal.
Em Londres sempre me senti mais seguro.
É uma cidade que tem viagens que possibilitam a fuga para centenas de destinos, entre eles o México e a Califórnia.
Para além de termos milhares de famílias originárias desses dois locais.
E depois há os engraçadinhos que copiam estratégia de marketing mexicana e já andam com as ditas máscaras na rua.
Felizmente não andam com os chapéus.
Não consigo imaginar dez pessoas com aqueles chapéus colocados à hora de ponta no metro.
É que se forem nórdicos, ainda consigo ver a cena.
Agora se são da altura dos próprios mexicanos…