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Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

Um Português A Aprender a Viver Em Londres, E Nem Sempre Da Maneira Mais Fácil

Um Português A Aprender a Viver Em Londres, E Nem Sempre Da Maneira Mais Fácil

Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

30
Jun09

O "peso" de me tornar culto

Peter WouldDo

 

O Miguel Sousa Tavares vai pôr-me com dores nas costas.

(esta frase escrita assim até parece que sou amigo intimo dele… demasiado íntimo.)

Decidi aventurar-me nas 608 páginas do Rio das Flores, que a ser finalizado constituirá um novo recorde pessoal.

A marca actual está nas 357 páginas do Memorial do Convento.

Ou seja, quase duplicaria a anterior marca.

Acho que a terminar o Rio das Flores só com a Bíblia consigo bater um novo recorde.

Ou então as 1492 páginas do Guerra e Paz, de Tolstoi.

Ainda era inocente quando me meti a ler aquele livro.

Embora depois do Rio das Flores o céu seja o horizonte…

 

Assim como a Maya, já fiz as minhas previsões:

As 608 páginas lidas nas viagens de metro a uma média de 20 páginas por dia [10 para cada lado], acabarei o Rio das Flores a 07 de Agosto.

Serão seis semanas com o livro dentro da mala que anda ao ombro.

E pesando aquele aglomerado de papel o que pesa, a minha coluna ficará seriamente afectada.

A Inglaterra ainda não é como os Estados Unidos, mas segundo a jurisprudência de cá, devo conseguir uma indemnização do autor a rondar as 20 mil libras, por danos físicos.

Põe-te a pau Miguelito…

Ninguém o mandou escrever um alegado bom livro com tantas páginas.

Vejam o caso do S. Paulo.

Depois de ter escrito para a Bíblia uma epístola levou com tantos processos judiciais dos Coríntios que teve de vender tudo o que tinha e mesmo assim não chegou.

E assim ficou famosa a I Epístola de S. Paulo aos Coríntios.

Nem sei se ele chegou a escrever outra epístola para a segunda edição da Bíblia.

 

A nível de marketing (packaging - embalagem) o Saramago é muito mais à frente que o Miguel.

O Zé preocupou-se tanto com o tamanho e peso do seu Memorial do Convento que até optou por nem colocar vírgulas ou pontos finais para que o livro ficasse mais leve.

Já o Miguel até capa com abas colocou no seu livro.

E eu que pensava que só as mulheres utilizavam abas nos pensos higiénicos, agora também as uso no Rio dos Flores.

 

Reconheço que assim que acabar de ler o Rio, sentir-me-ei mais culto.

E se o livro fosse meu seria de grande utilidade para colocar o monitor do computador do trabalho mais alto.

Mas não, é emprestado.

Foi essa, aliás, a razão pela qual ainda ontem não usei o Rio das Flores como arma de arremesso contra uma pomba que estava a tantar acertar-me com os famosos pingos brancos.

Mas depois de ter visto o que tinha na mão caiu na realidade.

Agora falando, perdão escrevendo, um pouco mais sobre o conteúdo, reconheço que estou a gostar.

Se for até ao fim tornar-me-ei de certeza um admirador do homem.

E a pesar [fica bem aplicado este verbo], a favor dele estão as “apenas” 520 páginas do Equador.

Cómico é que um só Rio consegue pesar mais que todo o Equador.

Seja ele o país ou uma linha imaginária que passa por vários.

 

Bem, este post começou bem mas já está a descambar por isso é melhor que ele fique por aqui.

 

29
Jun09

Aniversários

Peter WouldDo

Hoje, 29 de Junho, deve ser o dia do ano em que mais gente que eu conheço faz anos.

É a minha mãe, o meu cunhado e a minha ex-patroa.

E se o meu grilo de 1991 fosse hoje vivo faria 18 anos.

Sim, porque eu até vir para cá sempre tive todos os anos um grilo.

E de certeza que ainda há mais alguém por aí que faz anos hoje.

Como três já é muita gente justifica-se o post.

Para eles muitos parabéns.

E não esperem por prendas porque estou longe.

Eu estava a pensar em enviar-lhes algo tipicamente inglês.

Mas só me lembrei do pequeno almoço inglês.

Depois fui pesquisar à net e não é permitido enviar ovos estrelados, bacon e salsichas pelo Royal Mail.

Para além disso os portes de envio são muito caros.

Que pena...

29
Jun09

O David marcou o Chochas

Peter WouldDo

 

 

O Chochas contou-me recentemente que da última vez que foi a Portugal a mãe, que trabalha numa espécie de lar, o obrigou a ir visitar um dos internados: um jovem de 20 anos.

Filho, vais conhecer o David porque ele já viveu em Londres.

Coitado, a mãe trouxe-o para Portugal depois de ele se ter tentado matar com uma pistola.

Só que falhou.”

O Chochas fez logo uma espécie de filme e imitou-o a apontar a pistola à cabeça, de olhos fechados cheio de medo e a disparar.

Resultado: a bala apanhou-o de raspão afectando-lhe o cérebro.

Quando foi a Portugal, lá foi o Chochas visitá-lo.

“Então tudo bem?”, perguntou o Chochas, na maior das inocências, a um internado num lar.

Duas semanas depois da visita o Chochas recebeu um telefonema da mão:

Filho, não sabes o que aconteceu. O David tentou matar-se outra vez.”

“E conseguiu?”, foi a pergunta óbvia do Chochas.

Não!

Foi comprar uma pistola aos ciganos já depois de ter saído daqui, mas como eles viram que ele não percebia nada venderam-lhe uma de sinalização.”

Como daquelas pistolas só sai ar comprimido fazendo uma grande barulheira, desta vez o David ficou surdo.

O Chocas começou a ficar preocupado com a mãe.

“Oh mãe, esse gajo é um perigo.”

Não é nada filho. O David é uma paz de alma.”

“É o quê? Ele qualquer dia ainda compra uma granada, tira a cavilha e esquece-se. Vai à casa de banho e sobrevive, ao contrário de vocês todos.”

Pois… E se calhar foi por isso que o director do lar pediu para ele ser transferido para o Júlio de Matos.”

Algumas semanas depois deste telefonema o Chochas volta a receber outro da mãe.

Sabes, filho, ontem fui visitar o David ao Júlio de Matos.

Ele agora tem uma namorada.”

“O quê? Isso vai acabar em suicídio em massa.

Ele ainda vai convencer os malucos todos a matarem-se.”

Não digas isso que o David é bom rapaz e a namorada é bonita.”

“Porque é que ela está lá?”

Tentou matar-se.”

Foi depois dessa resposta que a mente do Chochas começou a reflectir.

“A conversa entre os dois deve ser sobre as tentativas de suicídio de ambos.

Que devem ser muitas porque eu não acredito que só tenham sido aquelas duas.

O gajo já se deve ter tentado atirar à frente de comboios, abaixo de pontes e arranha-céus, e sobrevive sempre.

O gajo é um perigo.

Qualquer dia ainda se mata a tentar matar-se.

 

25
Jun09

O sonho Wimbledon

Peter WouldDo

Entre os meus sonhos ingleses estava o de ir a Wimbledon assistir a um dia de jogos.

E com a antecedência devida lá fui eu ver o preço dos bilhetes, consoante a minha disponibilidade.

Já previa de antemão que os preços do último fim-de-semana de prova seriam incorportáveis para a minha carteira.

Mal eu sabia que mesmo num dia normal o eram...

 

399 libras para o segundo court?

É caso para dizer:

"CA GANDA XULICE".

E já nem falo no desejo de ver o court principal, porque para isso ia quase todo o meu salário.

 

Este sonho inglês vai para a gaveta.

Um dia que seja rico pode ser que consiga.

Para já fico-me pelo contar de trocos para comprar os patins em linha.

 

Próximo sonho é ver um musical.

Já cá estou em Londres à nove meses e ainda nada.

Falha grande.

Outro é ver um jogo da Premiere League.

Se possivel do Chelsea ou Arsenal.

 

E há outros de que falarei numa outra oportunidade, porque estou cheio de sono.

24
Jun09

O prazer de viver numa rua sem saída

Peter WouldDo

 

Às vezes, enquanto caminho da estação de metro para casa, lembro-me de como é bom morar numa rua sem saída.

A ausência de trânsito traz um silêncio maravilhoso à casa.

O pouco movimento de pessoas, o número reduzido de bêbados à noite, são algumas das vantagens.

Ao longe um esquilo salta de uma árvore e comprova o que escrevo no bloco enquanto caminho.

Um bloco de capa dura que custou uma libra.

Conforme me aproximo da casa posso ouvir o vento a fazer-se sentir nas árvores e nas ervas daninhas gigantes, que dificultam o caminho pedonal.

É bom viver num beco sem saída.

Gostava de poder viver sempre numa estrada sem saída.

Estou já muito perto de casa e quase convencido de que esta não podia ser mais perfeita até que começo a ouvir uma batida.

E aí vem-me à memória que no quarto por baixo do meu mora um metro e meio de gente, com um manjerico na parte de cima.

E ainda por cima um manjerico no qual se passarmos a mão não ficamos com um perfume agradável, mas com o cheiro a quitoso.

Aquele a quem aqui já chamei de “Marco Paulo em início de carreira”, mas que terá de ser rebaptizado de manjerico, por ser mais curto.

O tal que é aspirante a DJ, mas que desconfio que nunca o deixará de ser.

Alguém que fala a mesma língua que Camões, para sua infelicidade [de Camões].

E quando o próprio Camões – que segundo consta era uma pessoa super sociável - não vai à bola com uma pessoa, como poderei eu dar-me bem com ela?

Meto a chave na porta e apetece-me ir para trás, para junto das ervas daninhas.

Voltar a ouvir o vento a roçar nelas.

Mas não, teimo em diariamente entrar e sofrer com batidas até perto das 23 horas.

Agora que foi colocada essa hora como limite.

Depois do manjerico ter subido mais alto que o metro e meio, devido à ajuda das minhas mãos no seu pescoço.

 

 

PS: Repararam na minha subliminar alusão ao S. João?

24
Jun09

Resultados da votação para as frases

Peter WouldDo

 

Depois de 19 comentários, as frases vencedoras são:

 

A

Lkoos cofnuse

Btu yuo cna raed ti!

 

L

While you read this,

I’m looking at your neck!

(neck = decote)

 

D

Don’t tell me

you had to turn your head

to read this?

(esta frase será colocada na vertical)

 

 

O top five:

A         12

L          6

D         5

G         4

H         3

 

Prometo em breve colocar aqui fotos das t-shirts.

Vou tentar no próximo fim-de-semana colocar mãos à obra.

Já comprei os marcadores, faltam as t-shirts de duas libras cada, cerca de 2,40 euros.

 

18
Jun09

A riqueza da palavra PUTA

Peter WouldDo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não fui eu o tuga autor da brincadeira.

Mas reconheço que a originalidade é de se lhe tirar o chapéu.

E sendo o aviso de um WC inglês, a private joke ainda fica melhor.

Tenho uma grande admiração pelo tom directo dos avisos ingleses.

Vão directos ao assunto, e neste caso avisam logo que os canos “já estão a ficar entupidos”.

A versão portuguesa deste aviso seria qualquer coisa como:

“Não atire o papel para a sanita que pode causar entupimentos”.

Em resposta, o verdadeiro tuga pensaria:

“Oh, pode mas de certeza que isso não vai acontecer comigo”.

E pumba, papel para dentro da sanita.

Os ingleses optam por uma versão mais ameaçadora:

“Os canos já estão a ficar entupidos”.

Deixando em entrelinhas que podem mesmo ficar com os bocados de papel que nós vamos atirar lá para dentro, correndo o risco de levarmos com a inundação nos pés.

E qual é a resposta de um tuga a este aviso:

“Reparar que a conjunção das quatro primeiras letras das quatro palavras mais à esquerda formam a palavra PUTA”.

Dito de outra forma:

“Cagou” para o que o aviso dizia.

E o mais provável é que o tuga que riscou o aviso deve ter mesmo atirado o papel para dentro da sanita.

Reparem que ele ou anda sempre com um marcador permanente azul no bolso, ou então foi buscar um a casa só para o serviço.

Volto a afirmar que não fui eu.

Embora também reconheça que sempre odiei deitar papel higiénico sujo para dentro de cestos.

E como não havia mais nenhum contentor por perto…

 

17
Jun09

Podia dar-me para pior…

Peter WouldDo

 

 

 

Preciso da vossa ajuda.

Com o verão a estalar o meu guarda-roupa sente falta de mais t-shirts.

E em vez de andar por aí a esbanjar dinheiro, resolvi fazer as minhas próprias t-shirts.

Pelo menos pintá-las ou escrevê-las.

Só preciso que me ajudem a escolher as melhores duas ou três frases para eu colocar mãos à obra.

Por isso façam-me o favor de ajudar a escolher as melhor.

Só têm de fazer um coment rápido e colocar a(s) letra(s) da(s) favorita(s).

 

A

Lkoos cofnuse

Btu yuo cna raed ti!

 

B

I’m the only one in the world

With a t-shirt like this one!

 

C

What have I done

With a Primark t-shirt!

(Primark é a loja que vende a roupa mais barata da Inglaterra)

 

D

Don’t tell me you had to turn

Your head to read this?

(esta frase sera colocada na vertical)

 

E

Don’t start reading this

Because the last line

Is very small

I told you!

 

F

This was the best t-shirt

I’ve found in the market!

 

G

If you like this t-shirt

You will love the others I have in my room.

Do you want to see them?

 

H

There’s someone in London

With the other half!

Half 1 of 2

 

I

Cutchip maleko tri pocipo

Who said I couldn’t have my own language?

 

J

The last person who read this

is 100ft ahead of you

 

K

STOP thinking I’m creative

My mommy made this t-shirt!

 

L

While you read this,

I’m looking at your neck!

(neck = decote)

 

M

In the country I came from

This t-shirt is cool!

 

16
Jun09

O programa de rádio que foi

Peter WouldDo

O programa que o meu Blog deu na Comercial

teve tanto sucesso que foi directo ao arquivo...

Quem se salvou de o ter ouvido mas mesmo assim quer saber como sofreu quem ouviu, pode seguir o link clicando na imagem.

A produção deste blog não se responsabiliza por quaisquer danos causados pelos textos reproduzidos.

Também informamos que já houve gente a ser internada em hospícios por ouvir coisas menos desagradáveis que os quase 60 minutos deste programa, que ainda por cima não tem imagens.

Pelo menos há umas musiquitas pelo meio.

Os Outlandish, por exemplo.

A famosíssima banda da Dinamarca constituída por um marroquino, um hondurenho e um paquistanês...

E que cantam uma música com a linda passagem "...Pessoas, Pessoas, Pessoas..."

O que se safa da página de arquivo do programa ainda é o link para este mesmo blog.

Apesar de tudo,

OBRIGADO COMERCIAL.

16
Jun09

O final de noite do Chochas

Peter WouldDo

“Se eu não chegar até às três da tarde ide buscar-me à esquadra da polícia”, disse o Chochas ao sair de casa, no sábado, ao final da tarde.

Uma frase que deixava transparecer o seu receio em ser apanhado pelos pais da Alice, na própria casa deles, e com a filha Alice.

Mas a verdade é que pouco passava da meia-noite quando chegou.

Os pormenores, esses, só os fiquei a conhecer no dia seguinte.

A noite de Chochas e Alice começou, como tudo previa, num bar a petiscar e a beber umas bejecas.

Como a miúda já o tinha prevenido, ele não precisou de pagar nada.

E muito menos soube quem pagou.

Mas isso também pouco interessa.

Quando a Alice sentiu que os pais e a irmã já poderiam não estar em casa (o Chochas desconfia que foi a irmã dela que lhe mandou mensagem) ela lá decidiu que estava na hora de rumar a casa.

O tempo passava e o Chochas não fazia a mínima ideia se os pais da Alice comiam normalmente rápido.

Ou até se gostavam de sobremesa.

Condições que deixavam no ar uma incerteza sobre quando eles poderiam chegar.

Uma incerteza que poderia condicionar a sua “performance”.

Uns copos do melhor whisky do pai da Alice, gaba-se o Chochas, e a coisa aqueceu ainda mais.

Pouco tempo teve ele para contemplar a bela casa onde estava.

Quando ele se apercebeu já os dois estavam no quarto dela e a coisa a acontecer.

E a imagem do pai dela a entrar pela porta não lhe saia da mente.

O Chochas é um jovem que conta todos os pormenores, mas que são difíceis de aqui reproduzir.

Posso apenas revelar que na noite de sábado ele se “atrasou” um pouco e que só com muita ajuda da Alice conseguiu atingir os objectivos.

Estava o trabalho feito e logo ele se apressou a vestir-se e a despedir-se.

Poucos minutos depois e já o coração dele batia mais calmamente.

E os dois estavam felizes.

O Chochas e a Alice, uma jovem de “quase” 18 anos.

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