O sofrimento de comprar calças... Ou jeans. Tanto faz.
Estou no intervalo mais ingrato do peso de uma pessoa.
Naquela largura de cintura em que um buraco do cinto é demasiado apertado e o seguinte demasiado largo.
Num pareço que não consigo respirar e depois das refeições sou obrigado a ceder ao seguinte.
Mas esse, o seguinte e mais lago é onde a “fralda” fica de fora, e me lava a apanhar frio na cintura.
A lógica, pensam vocês, é usar um daqueles cintos sem buracos em que podemos apertar em qualquer local.
Mas também esses têm problemas logísticos.
Ou porque a alça seguinte onde ficará segura a ponta está demasiado longe e por consequência andamos com a ponta caída.
Ou porque até há alças próximas e o cinto quase dá duas voltas.
Sem referir que neste último caso pareço um betinho arranjado pela mãe antes de sair de casa.
Numa recente visita à Pull Bear dei comigo a não saber a medida de calças no tamanho europeu.
Só sei que gasto o tamanho 32 britânico.
Nem o facto de trabalhar numa empresa de moda e de saber algumas equivalências, como no calçado.
Tive de perguntar a uma funcionária.
Depois de saber que gastava tamanho 40 na Europa (prefiro a Inglaterra onde só gasto 32), descobri que no final dos saldos só os mais “abastados” (rica maneira de me referir aos gordos) têm por onde escolher.
Reconheço que isso não é, no entanto, desculpa para ter experimentado seis pares de calças e não ter comprado nenhum.
Na verdade, eu e um amigo fomos fazer uma sessão de compras em saldos e eu acabei por levar para casa… um guarda-chuva… por quatro libras. Menos de cinco euros.
Perante tamanha dificuldade em usar e escolher calças quase me rendi ao novo estilo de não usar cinto e andar com a cintura das calças nas coxas.
Não só me pouparia ao sofrimento de escolher o buraco certo para o cinto.
Como poderia aproveitar melhor os saldos comprando tamanhos bem largos.
Por outro lado, teria de me preocupar mais com o estilo dos boxers/cuecas.
Huuuuuum, acho que é melhor continuar assim…