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Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

Um Português A Aprender a Viver Em Londres, E Nem Sempre Da Maneira Mais Fácil

Um Português A Aprender a Viver Em Londres, E Nem Sempre Da Maneira Mais Fácil

Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

19
Jan10

O sofrimento de comprar calças... Ou jeans. Tanto faz.

Peter WouldDo

 

Estou no intervalo mais ingrato do peso de uma pessoa.

Naquela largura de cintura em que um buraco do cinto é demasiado apertado e o seguinte demasiado largo.

Num pareço que não consigo respirar e depois das refeições sou obrigado a ceder ao seguinte.

Mas esse, o seguinte e mais lago é onde a “fralda” fica de fora, e me lava a apanhar frio na cintura.

A lógica, pensam vocês, é usar um daqueles cintos sem buracos em que podemos apertar em qualquer local.

Mas também esses têm problemas logísticos.

Ou porque a alça seguinte onde ficará segura a ponta está demasiado longe e por consequência andamos com a ponta caída.

Ou porque até há alças próximas e o cinto quase dá duas voltas.

Sem referir que neste último caso pareço um betinho arranjado pela mãe antes de sair de casa.

 

Numa recente visita à Pull Bear dei comigo a não saber a medida de calças no tamanho europeu.

Só sei que gasto o tamanho 32 britânico.

Nem o facto de trabalhar numa empresa de moda e de saber algumas equivalências, como no calçado.

Tive de perguntar a uma funcionária.

Depois de saber que gastava tamanho 40 na Europa (prefiro a Inglaterra onde só gasto 32), descobri que no final dos saldos só os mais “abastados” (rica maneira de me referir aos gordos) têm por onde escolher.

Reconheço que isso não é, no entanto, desculpa para ter experimentado seis pares de calças e não ter comprado nenhum.

Na verdade, eu e um amigo fomos fazer uma sessão de compras em saldos e eu acabei por levar para casa… um guarda-chuva… por quatro libras. Menos de cinco euros.

 

Perante tamanha dificuldade em usar e escolher calças quase me rendi ao novo estilo de não usar cinto e andar com a cintura das calças nas coxas.

Não só me pouparia ao sofrimento de escolher o buraco certo para o cinto.

Como poderia aproveitar melhor os saldos comprando tamanhos bem largos.

Por outro lado, teria de me preocupar mais com o estilo dos boxers/cuecas.

Huuuuuum, acho que é melhor continuar assim…

18
Jan10

Que salada russa!

Peter WouldDo

 

Fiz mais uma descoberta fantástica por terras londrinas.

Desta vez um achado gastronómico, e talvez muito mais que isso.

Na pausa para almoço, uma colega de trabalho letã (habitante da Letónia) tirou do tupperware uma salada.

E nada mais era que uma salada russa.

Quando lhe perguntei que nome dava àquilo, ela respondeu que era salada russa.

À minha admiração seguiu-se a pergunta se aquela salada era originária da Rússia, já que a Letónia é vizinha.

Ela disse que sim. Claro que sim.

Ao lado uma colega polaca disse que também na Polónia aquela salada se chama russa.

E outro colega de Montenegro acrescentou que lá também a salada era russa.

Em todos os países os ingredientes principais se mantêm, com pequenas variações.

A salada russa da Letónia, por exemplo, leva quadrados de fiambre.

Uma reflexão mais profunda levou-me a chegar à seguinte teoria: a salada deve ser a “exportação” mais famosa da Rússia.

Para tirar dúvidas, resolvi telefonar a uma idosa de uma aldeia do interior de Portugal.

A dona Maria Alice tem 84 anos, e vive na aldeia de Midões, no concelho de Valpaços, distrito de Vila Real, no Norte de Portugal, que fica no Sudoeste da Europa.

Uma senhora que conheci quando por aquelas bandas andei a trabalhar como jornalista, e que a amizade decidi cultivar via telefone, porque ela não tem nem Facebook nem Messenger.

 

Tou, dona Alice?

Sim! Quem fala?

É o Peter!

Ahhh, olá menino Peter. Como tem passado por esses lados.

Bem Dona Alice! E a senhora?

Também. E já tem namorada? Eh Eh!

Não podia faltar a pergunta, dona Alice. Continua com um sentido de humor apurado.

Tem de ser. Desta vida só levamos os bons momentos.

É verdade, é verdade.

Mas o que leva o menino Peter a ligar-me às dez da noite, hora da minha novela?

Dona Alice, queria fazer-lhe umas perguntinhas que me estão a intrigar.

Diga lá.

Conhece o Kremlin?

Creme de quê?

Não é creme, é Kremlin.

Não, não sei o que é. Conte-me lá.

É  uma fortaleza da Rússia. E sabe quem é o Gorbachev?

Não.

E o Putin?

Também não.

Nunca ouviu falar deles nas notícias?

Se calhar já, mas a minha memória já não é o que era.

E sabe o que é a salada russa?

Então não sei. Ainda há dois dias fiz uma para mim e para o meu Manel.

Conhece mais alguma coisa da Rússia?

Ah, agora conheço essa tal fortaleza que tem nome de creme.

Eh, Eh. Você não pára. Um beijo grande.

Beijinhos, menino Peter.

 

Se dúvidas houvesse a Dona Maria Alice tirou-as e a teoria confirmou-se.

A salada russa é mesmo a “exportação” mais famosa da Rússia.

08
Jan10

Mudanças de foro capilar

Peter WouldDo

Este post não tem nada a ver com o anterior.

Mas apareceu-me um cabelo branco.

Do lado direito da cabeça.

Já estive a googlar se a localização teria alguma explicação científica.

Parece que não.

Consultei alguns “gurus” da área capilar que me disseram não ser muito frequente alguém com a minha idade “procriar” cabelos brancos.

Ainda me perguntaram se tinha passado, recentemente, por algum prédio em obras.

Mas disse-lhes que não.

Depois sugeriram que eu tenha andado sobre muito stress.

E receitaram-me que passe a fazer os sudokus mais fáceis, e deixe os difíceis.

Os mesmo “gurus” – uma espécie de especialistas sem cursos – aconselharam-me a beber menos leite.

Acham que o meu corpo pode estar sobrelotado com os glóbulos de gordura que fazem o leite ser branco.

(as coisas que eu sei…)

E que os mesmos começaram a sair do meu corpo via capilar.

Perante tal explicação eu respondi-lhes:

“Mas vocês estão malucos ou quê!

Eu tomo sempre leite com Cola-Cao.

E por essa lógica estaria com o cabelo mais acastanhado.”

Eles reconheceram o erro e lembraram-se dos iogurtes.

Contei-lhes que os meus iogurtes favoritos são os com sabor a morango.

Reconheceram que o meu cabelo não estava mais vermelho.

Foi então que tiveram a infeliz ideia de relacionar o meu recém aparecido cabelo branco com a idade…

Como se eu fosse velho.

No entanto, foi uma correlação suficiente para me pôr a reflectir no caminho para casa.

Sim, porque eu não vivo com os “gurus”.

Mas com a reflexão obtive relaxamento e a seguinte lógica:

(acho que é a primeira vez no meu blog que coloco na mesma frase duas palavras com a letra x)

Se demorou tantos anos a aparecer-me o primeiro cabelo branco,

vou morrer só com dois ou três…

07
Jan10

Hoje faço ... anos

Peter WouldDo

Hoje faço anos.

E apetece-me dizer a minha idade.

Aqui vai.

A minha idade é igual à:

 

Idade da Anna Kournikova (a diva da minha infância)

mais

Idade do 14º Dalai Lama (um gajo que conheci na escola)

menos

Idade do Peter Morgan (o meu guionista favorito)

menos

Idade da Rita Pereira (vá lá, tinha de haver uma tuga)

 

E é essa a minha idade.

Quem se der ao trabalho de procurar estes números todos, que pense duas vezes em dizê-la aos outros.

Eles se quiserem saber que se dêem ao trabalho e percam o mesmo tempo.

No entanto, alguém que me queira deixar ficar mal vai mesmo fazer um comentário com ela.

Mesmo assim penso que o maior número de comentário será a dizer:

Descobri mas não conto a ninguém. Parabéns, menino giro.”

Fica sempre bem, pelo menos uma vez por ano, ser um menino giro.

Embora também não me importe de ser miúdo maroto.

Ou gajo fixe.

é que não.

Detesto que me chamem “Oh Pá”.

Mas estou aberto a outras sugestões originais.

Com esta conversa quase me esquecia que hoje faço anos.

De vida.

Porque há anos de casado, anos de namoro e o ânus.

E o post tinha de descambar.

Fico-me por aqui antes que acabe a falar da beleza das pernas do 14º Dalai Lama.

Ou das mamas do Peter Morgan.

Ou do meu recente problema de trocar nomes de pessoas…

06
Jan10

Mais amigos do que a minha própria empresa!

Peter WouldDo

 

Talvez seja louco, mas eu gostaria de ganhar uma corrida contra a minha empresa.

Quase ninguém me conhece na minha cidade.

A minha empresa possui centenas de clientes em todo o mundo.

Por isso... é um bom começo.

Antes deles, criei um grupo no Facebook chamado matchesfashion.

Semanas depois, eles criaram matchesfashion.com.

Hoje, tenho 25 amigos.

Eles têm mais de 800.

Mas ainda assim acho que posso vencer e ser o primeiro a chegar à marca dos 1000 amigos.

E tu podes começar por me ajudar aderindo ao meu grupo "matchesfashion”.
O tal sem o ".com".

Depois, pede aos teus amigos para fazer o mesmo.

E pede-lhes para pedir aos amigos deles para fazer o mesmo que nós.

E talvez, talvez consigamos governar o mundo!!!!!

Ok, provavelmente não tanto, mas pelo menos ter mais amigos do que a minha companhia.

Por favor, ajuda-me!

 

05
Jan10

A primeira segunda-feira de 2010

Peter WouldDo

Ontem foi dia de limpezas lá em casa.

Bem, na verdade foi dia de limpezas só para mim.

O meu quarto já andava a pedir.

“Anda lá, limpa-me”, ouvia eu incessantemente.

Mesmo quando já estava a dormir.

Ou será que tem estado alguém no quarto comigo???

Não interessa.

Limpezas no quarto dão sempre que pensar.

É que esta coisa onde vivo tem as brutais medidas de… 12 m2.

Na verdade, desde que me mudei para aqui passei a usar sapatos tamanho 42 em vez de 43.

Pois não conseguia entrar no quarto calçado.

Mas tirando isso, este quarto é brutalmente grande.

Não comprido.

Mas Alto.

Quando estou deitado a olhar para cima começo a pensar nas prateleiras que poderia colocar para depois alugar.

Mas quando me lembro que a casa de banho do armazém da minha empresa é muito maior e não temos lá nada, esqueço a ideia.

Nas limpezas a parte que gosto mais é a do aspirador.

Talvez seja do barulho, talvez da potência.

No entanto, o aspirador lá de casa só pode ser usado durante 5 minutos, porque aquece muito.

Nos dias muito frios chego a usá-lo como aquecedor, já que é mais eficaz que o aquecimento central.

Mas hesito sempre em aspirar o meu tapete.

Como ele só custou uma libra, reflicto sempre se não valerá antes a pena comprar um novo em vez de o aspirar.

Como sou poupado, opto pela limpeza.

Depois foi altura de passar à casa de banho.

Coloquei a luva esquerda na mão direita e mãos à obra.

O facto da luva estar na mão errada é apenas outra forma de poupança.

Como só uso luva na mão direita, tenho de dar uso à da esquerda.

Já nos líquidos nada de poupanças.

Atiro líquidos para tudo o que é passível de ter impurezas.

Desinfecção total.

E já no final, adoro colocar o balde com a esfregona a interromper a entrada de colegas de casa na casa de banho que eu limpo.

Tenho sempre uma sensação de poder nessa altura…

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