Privação de sono
Ando cheio de sono.
A quase recuperação no fim-de-semana já se esfumou e hoje ainda é quarta-feira.
Planeio todos os dias ir para a cama às 22h, mas acabo a ir perto da meia-noite.
No metro começo a fazer os sudokus, e adormeço sem que tenha colocado o segundo número.
No trabalho começo a esquecer-me das coisas.
Na pausa para café, em que estou a ler um livro, só avanço uma página por dia.
Adormeço sempre na segunda.
Quando acordo passa quase sempre da hora em que devia estar de volta ao posto.
Nos elevadores, e se vou com uma mulher, paro sempre a olhar fixamente para os decotes.
E quase sempre sou apanhado.
O que vale é que elas se apercebem que eu estou, na verdade, a dormir acordado.
Mal elas sabem que o faço a sonhar com os decotes delas.
Nas refeições sinto que a comida custa a passar da garganta para baixo, quase de certeza porque os restantes órgãos por onde a comida passa devem estar a dormir.
Quando tento dormir à tarde, sou interrompido pela música dance do Marco Paulo
É melhor explicar-me…
Marco Paulo é o nome que dou a um colega de casa português que aspira ser DJ.
Tudo devido ao cabelo igualzinho ao Marco em início de carreira.
Aqueles caracóis que já quiseram elevar a Património da Humanidade, mas a UNESCO recusou.
Alegou que custaria muito dinheiro na manutenção, devido ao custo elevado da laca.
O colega de casa soube disso e resolveu, como forma de protesto, fazer um monumento em homenagem ao penteado… na própria cabeça.
Mas como este tema é tão rico, um dia volto a ele.
Já nem sei o que fazer (em relação ao sono, e não ao penteado do Marco Paulo)
Como vou ter uma folga em breve, espero voltar à normalidade.
Que passa por:
- Conseguir ir para a cama às 22h.
- Acabar um sudoku em cada viagem de metro.
- Ler cinco ou seis páginas do livro durante a pausa.
- Olhar para os decotes sem ser apanhado.
- Deixar de pensar no penteado do Marco Paulo em início de carreira.