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Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

Um Português A Aprender a Viver Em Londres, E Nem Sempre Da Maneira Mais Fácil

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Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

13
Fev09

Primeira desavença com o Fidel

Peter WouldDo

Ontem foi dia de limpezas cá por casa.

Pelo menos para mim.

Nunca fui grande seguidor das limpezas sempre no mesmo dia da semana.

E assim, sempre posso fazer semanas com mais de sete dias…

Não sei se me faço entender.

A parte que me cabe é a casa de banho do primeiro andar.

Uma casa de banho dividida em duas.

Numa divisão a sanita, na outra a banheira e o lavatório.

(antes que perguntem, não há suporte para o rolo do papel higiénico, por isso não ando contrariado)

Luvas colocadas, pano e pistola com um líquido próprio e depois balde e esfregona.

Trabalho concluído deparo-me com um problema: a porta da divisão da sanita fecha-se sozinha o que dificulta a secagem.

Tinha de arranjar solução para o problema.

Olho à minha volta e… encontro a solução:

 

Não sei se é perceptível, mas a solução para segurar a porta foi o rato peluche do Fídel, que andava por perto.

Ou melhor, a cabeça do rato.

O problema foi quando o Fidel ia a passar pelo local e viu o melhor amigo de cabeça metida debaixo da porta.

- Que estás aí a fazer Raúl?

- Foi o Peter que me meteu aqui a cabeça a segurar na porta para que entrasse corrente de ar e o chão secasse mais depressa.

- O quê! Aquele gajo deve ter a mania das soluções simples… Nem pensou que te poderia estar a magoar?

- E não está, porque a minha cabeça é mole e feita de tecido.

- Não interessa. Ele tem que ter consideração pelas outras pessoas…

- Mas eu não sou uma pessoa!

- Eu sei que és um rato, mas ele pelo menos deveria ter-me pedido permissão para te colocar a segurar a porta. E podia sempre recorrer a um sapato. Olha, aquele que eu roí há dias.

 

Depois, zangado, Fidel veio falar comigo e antes de começar a miar nas alturas explicou-me a teoria da evolução de Darwin.

Toda a sua conversa era baseada na possibilidade dos descendentes do seu amigo rato Raúl um dia viram a ser humanos como os meus descendeste.

Perante essa possibilidade, Fidel garantiu-me que os descendentes do Raúl iriam dar porrada nos meus descendentes.

Obviamente não gostei da imagem que surgiu na minha cabeça e imediatamente pedi desculpa.

Se há coisas que eu não quero é chatices com gatos e descendentes de ratos.

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