Momento estranho da semana
Estar na casa de banho do emprego a fazer o serviço mais longo possível de fazer naquele espaço.
Fazer a descarga e descobrir que não foi tudo com a água.
Ao mesmo tempo alguém tenta abrir a porta.
Ficando depois à espera que saíamos para poder entrar.
São segundos longos aqueles durante os quais a descarga enche.
Nunca sabemos se a água que já está no depósito é suficiente para na segunda descarga levar o que ficou na sanita.
E então esperamos mais uns segundos.
Por mais centilitros de água.
“E se não for tudo desta vez”, pensamos.
“Quais as consequências?”
E o nosso colega de trabalho lá fora à espera para se servir da casa de banho.
“E se é a boazona que trabalha no Marketing que está do outro lado da porta.
O que pensará de mim… e do meu cag….?”
E o depósito que nunca mais está cheio.
Sabemos pelo barulho que ainda faz a encher.
Entretanto ligamos a água da torneira para lavar as mãos.
E fazemos questão que a pessoa que espera lá fora ouça o barulho para saber que lavamos as mãos depois do serviço.
Aliás, tentamos com o barulho de lavar as mãos ocultar a segunda descarga na sanita.
Mas o mais certo é que não resulte.
Antes de sairmos, uma última espreitadela só para confirmar que à segunda foi tudo.
Huuuuum.
Ficou suja.
Deixa meter a escova ali dentro para não deixar vestígios.
De seguida mão no puxador da porta.
(como a escova habitualmente é usada por outros antes da lavagem das mãos, já as nossas estão cheias de micróbios)
E abrimos a porta.
Não, não é a loira do Marketing que espera.
Mas o nosso chefe.