Novo curso e entrevistas de emprego
Ontem lá fui eu a mais um dos short courses na área de guionismo.
E como este vai durar 11 semanas (e os outros foram de um dia inteiro) nunca tinha participado numa apresentação.
Aquela parte em que os alunos dizem o nome ao professor.
Só que pelo menos a apresentação de ontem não teve nomes, mas soletrar de nome.
Na maioria dos casos as pessoas nem sequer disseram o nome por completo, mas optaram por soletrá-lo.
E acreditem que era mesmo necessário, porque havia gente de todo o lado do mundo e com nomes parecidos aos dos medicamentos.
Ainda antes dessa parte já a aula estava ao rubro.
Tudo porque mal entrou o professor colocou no ecrã a rodar uma filmagem de um aquário.
Muito parecido às protecções de ecrã dos computadores.
O som era o típico das bolhinhas a sair do aquário.
E assim ficamos por cerca de 15 minutos, enquanto fazíamos a apresentação e iniciávamos a aula.
Poucos minutos depois o professor perguntou-nos se aquilo era um documentário, e a discussão estendeu-se por mais 15 minutos, para espanto meu…
A primeira aula teria muito produtiva para mim, caso eu não tivesse perdido a minha concentração a partir do momento que entrou um dos alunos na sala.
Eu começo a achar que a minha vida necessita de personagens fantásticas.
E no novo curso lá está mais uma para me deliciar.
Ele/a (já dá para perceber…) é de raça negra.
Faz tudo para se assemelhar a uma mulher, mas nota-se perfeitamente pelas feições da cara que é um homem.
Mas todo ele/a parece saído de um filme do Almodôvar.
Foi difícil desviar o olhar dele e retomar a minha concentração no professor, e nos peixes.
O dia de ontem foi mesmo desgastante.
De manhã tive uma entrevista pelo telefone, que durou cerca de 20 minutos.
Uma coisa inédita na minha breve carreira profissional.
Foi-me perguntado de tudo naquilo que parecia um teste de formato norte-americano.
Já sei que fiquei de fora, e que por isso não vou vender produtos financeiros a brasileiros e portugueses.
À tarde o meu destino voltou a Notting Hill (não sei se se lembram do clube de ténis…).
Desta vez para stock controller de uma cadeia de lojas de roupa.
Para que a festa começasse logo positiva, atrasei-me cinco minutos para a entrevista.
Tirando isso, acho que o director espanhol até vai à bola comigo.
Na segunda-feira sei a resposta.
Hoje, e daqui a algumas horas, faço o tal teste na pastelaria.
Na segunda-feira tenho a entrevista na marca do M amarelo.
É fácil perceber que estou mesmo disposto a fazer qualquer trabalho.
O que procuro neste momento é mesmo estabilidade.
Apesar de começar a achar engraçado mudar de trabalho mais ou menos a cada três meses…
O meu curriculum começa a não fazer sentido.
Parece-se mais com uma salada mediterrânea do que com o percurso profissional de um ser humano.
PS: Já não me lembrava de escrever um post de manhã.