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Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

Um Português A Aprender a Viver Em Londres, E Nem Sempre Da Maneira Mais Fácil

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Loucura Londrina | Aventuras Em Blog

28
Dez09

A minha relação com a fronteira do Reino Unido

Peter WouldDo
Uma confissão:
Eu detesto a mania dos britânicos de serem diferentes.
Mas hoje só vou escrever da mania de ter fronteira para os europeus.
Viajar dentro da União Europeia e mesmo assim ter de mostrar identificação para entrar num país acho que só mesmo no Reino Unido.
São no mínimo 10 minutos perdidos.
Mas que pode passar a meia hora de espera como ontem, domingo à noite, quando muitos emigrantes regressavam a Londres.
E como eu já entrei algumas vezes sei que os funcionários dos serviços de fronteira ingleses detestam o nosso bilhete de identidade.
Não só porque é diferente dos estandardizados passaportes, como eu também acredito que eles detestam aquele amarelo banana.
Mas têm de “comer e calar” porque podemos fazê-lo.
Às vezes ainda me aparece pela frente um artista que pergunta se tenho o passaporte comigo.
Mas leva logo com um redondo não, enquanto o meu passaporte se ri no bolso.
Ele é muito irónico.
A primeira reacção de um funcionário dos serviços de fronteira ingleses quando vê o amarelinho é, e passo a transcrever:
“Rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr”
Depois fica a remoer enquanto tem de inserir lá no computador o número de oito dígitos.
Olha para mim, e como tirei a foto para o BI num dia sim, não tenho barba.
Ou seja, a foto não combina com a pessoa que ele tem a frente.
Também não ajuda o facto, já comprovado, de que quando a minha barba ultrapassa os quatro dias eu fico parecido com um talibã.
Única solução possível (já que eu não costumo andar com máquinas de barbear no bolso) é ele imaginar-me sem barba.
Adoro fazê-los sofrer.
 
 
NB: São neste momento 3:45. Acabei de chegar de Portugal. Hoje, segunda 28, é feriado na Inglaterra, mas tenho de me levantar às 8h para ir trabalhar.
11
Mar09

Quero o meu velho país de volta!!

Peter WouldDo

 

Portugal está de mal a pior.

Então não é que ontem combinei um café com uma amiga em Braga.

Como tinha de renovar o passaporte pensei:

“Ela sai do trabalho às 18h, e para tirar o passaporte deve demorar bem duas horitas devido às habituais filas, vou à Loja do cidadão às 16h”.

Planos espectacularmente feitos, bem ao estilo do melhor estratega do Mundo chamado Mourinho.

Errado.

Tirar o passaporte demorou-me 5 minutos.

Este país já não é o que era.

Mal carreguei a pedir uma senha de espera saiu logo o meu número.

Sentei-me, dei o BI (nem pedirem o passaporte caducado) e levantei-me logo para tirar a foto.

Depois meti os indicadores e assinei.

Tudo finalizado.

- Tem a certeza que não é preciso nenhuma certidão de nascimento minha ou de óbito de algum avô meu? – perguntei eu à funcionária que ficou a olhar para mim.

- Não, só falta dizer quando quer o passaporte pronto.

- Era óptimo se pudesse estar pronto para Abril.

- Engraçadinho… Se quiser para quinta custa 80 euros, sexta 70 e segunda-feira 60.

- Quê? Quinta já está pronto se eu quiser?

- Está, só tem é de pagar mais.

- Mas não é preciso tanta rapidez. Aliás, eu não estou habituado a que um documento fique pronto tão rapidamente…

- Então fica para segunda-feira?

- Pode ser. Mas dá para enviar para casa?

- Dá, só paga mais 10 euros, e não nos responsabilizamos se for extraviado.

- Ahhhhh, finalmente alguma coisa a que já estava habituado… Então e dá para enviar para Londres?

- Londres?! Acho que não. Pelo menos nunca ninguém tinha pedido isso. Porque não tirou lá no Consulado?

- Porque me apeteceu tirar cá.

- Tenho pena mas não dá porque o envio deve custar muito mais caro, e não temos nada aqui a dizer isso.

- Mas por 10 euros até dá para enviar uma encomenda de um quilo para Inglaterra.

- Pois, mas não pode ser.

- Obrigado. Fico mais descansado que continue a haver burocracia em alguma coisa. Já me sentia na Inglaterra, e como vim de férias sentia necessidade de me sentir no meu país.

 

Depois saí da Loja e fui-me embora para Guimarães.

Não conseguia andar duas horas a ver montras.

O café fica para outra dia.

Alguém que salve este país…

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